um testamento, uma teoria, uma possibilidade passível de exclusão
Sou o que restou de ontem
quase igual
e pareço todo.
E pensar assim
sem qualquer resposta, apenas parte,
confirma ser eu apenas tolo.
Serei o que planejei
com a rigidez escrita de um lápis.
Ponta quebrada
em riscos frouxos .
O tempo em que vivo e vive ao lado
é de ordem limitada e desaparece
como câmera lenta, some,
em ângulos abertos.
Tempo tão lento que o presente se toca.
toco o momento.
Mudaria destinos.
Sou brevidade do tempo;
pronunciado e não mais sou
nem saberei para onde fui,
mesmo querendo estar
perdido na ilusão de ser.
Tenho ou sou um corpo e umas ideias.
Tudo isso sou eu
Tudo o que sou ou tenho ou penso
Traduz-se em vazio ou delírio imenso?