Todos ruminamos.
Suamos força bruta
para sobreviver.
Ruminamos trabalho, casamento, filhos.
Tiramos o pó que voltará.
Arredamos caixas para aumentar espaço.
Cuspimos moralidades antigas;
engasgamos com migalhas. Ruminamos passado e futuro.
E bençãos turvas nos guiam
Deixamos de viver.
Um mundo inteiro inútil,
Nesta estação cheia de filas
Para bilhete ilusório.
O pó insistente volta
e nos obriga a ruminar:
ilusões e maus conselhos. Há também o hábito de desprezar a si mesmo.
O inimaginável chega.
Nos atinge e nele nos transformamos.
Nós, pó eterno.
Irrelevante.