Noite!
Sentimento vivo e líquido
Que corrompe e afoga
Os sonhos.
Demônio consciente
Do trabalho ambíguo.
Mantém suspensas as verdades
Que nos fazem vivos
E crédulos.
Taça esquecida
A um canto
Tomada de vermelho;
Espesso indefinido
Vinho perdido!
Divisa no abismo,
Horizonte invertido.
Arde na garganta
Desejo aprisionado de gritar
E descobrir que amanheceu, enfim,
Em outro lugar!