As palavras desistiram.
Ásperas, limam os momentos
até consumi-los em uivos
e tormentos.
( Eu os ouço, sempre distantes.
boas rotinas protegem!
E as dores afinadas
chegam em ondas).
Não cumprimentam mais,
fingem-se estrangeiras.
E as que são,
escurecem sentidos.
Saíram para desertos
onde o silêncio incita.
E demônios…suas línguas
tecem laços.
É preciso resgatar as palavras
e nos salvar todos.
Haverá uma de sentido único
gravitando esperança neste mundo?