Abri minha janela ao mundo,
duas bandeiras escuras portáteis.
Um brilho branco e colorido
vivo, distante, imediato.
Brilha intermitente um brilho, essa janela.
Vindo tão distante e difuso
como um amor que parece presente.
Mas sei bem sua breve memória.
Misturados estão, o passado e o presente,
em símbolos derretidos em moldes,
em torres em pais e suas leis,
congelados a minha frente.
A janela está aberta;
e dá medo.
Não é concreta, mas incita
com ar quente do cooler.
Papas de diversos mundos e armas
invocam para si a realeza,
soberania definitiva e verdadeira
sobre o que todos pensam.
A janela mínima, uma fresta,
deslumbra um desfiladeiro.
Figuras importantes cumprem
estúpidas ordens divinas.
Sou forte sem poder.
Enjoo-me das grandezas
com muita calma desligo o mundo.
Num clique fecho a janela e seus absurdos.