O pernilongo pousou em meu braço.
Jovem e agitado.
Faminto, faminto, gritava.
Ignorava não ser bem-vindo.
Nem que era sempre desprezado.
Sentindo-me deus, vaidosamente generoso,
Esperei que se acalmasse.
Tive a impressão de sentir um suspiro.
Com vigor, intenção e amorosidade
Como compete a um deus de bom coração,
Desferi o tapa certeiro
E o libertei com tamanha alegria
Como se o fizesse a mim mesmo.
( Aguardo a minha vez )