Da janela, o mundo.
vejo sua tampa azul
com manchas brancas mutantes.
Nos morrinhos suaves à frente
Um tumor concreto progride.
Camuflado no mato, o dinossauro metalizado
com piches de modernidade, urra e assusta.
O rio decepciona em sua veste marrom .
O rio cremoso revela o desprezo humano.
Para onde foi o azul da água desenhada?
Essa janela, um pixel,
Moldura de meu pensamento
que hesita entre o rio e o azul;
fluxo imóvel.
Os iludidos fazem proselitismo:
Experimente da ignorância!
Basta festejar, sempre!
E repetir os pensamentos.
Em Aldebarã não há o nosso tempo,
menos ainda nossa filosofia.
Aldebarã massacra nossos deuses, nossas dúvidas
e se realiza na solitária existência.